Cemig lança programa de demissão voluntária para gerentes e acelera aparelhamento e privatização

Cemig PDV gerentes
Movimentos sincronizados: Cemig abre possibilidade de contratar até 40% de não concursados para cargos de chefia e, ao mesmo tempo, lança Programa de Demissão Volutnária (PDV) para cargos de gerência

A Cemig enviou um comunicado para gerentes e superintendentes que foram retirados de seus cargos nos últimos dias oferecendo um programa de demissão voluntária, em “caráter excepcional e temporário”, de 12 a 29 de janeiro. Quem aderir será desligado já em 1º de fevereiro. Os gerentes sob processos de sindicância, investigações, processos administrativos ou mesmo afastamento para algum tipo de averiguação não poderão aderir ao programa.

Por que os gestores concursados e de carreira, sob quem não pesam acusações da Justiça, foram tirados de seus cargos e estão sendo forçados para a demissão “voluntária”? Para colocar os amigos? Esta é a tal meritocracia do Novo?

Leia o comunicado da Cemig

O comunicado, intitulado Plano de Adequação do Quadro Gerencial, diz: “Para os empregados destituídos do cargo gerencial nos últimos dias, salvos (sic) os casos de empregados sujeitos a processos de sindicância, investigações, processos administrativos ou mesmo afastamento para algum tipo de averiguação, a Cemig está oferecendo, em caráter excepcional e temporário, um Programa de Desligamento Voluntário – PDV, denominado Plano de Adequação do Quadro Gerencial – PAQG 2021. Ele vigorará no período de 12 a 29 de janeiro deste ano e o desligamento dos que aderirem ocorrerá no dia 1º de fevereiro, conforme orientações da Companhia

“Cabidão do Zema”: 40% de não concursados, aparelhamento e privatização

A ABCF deu com exclusividade que a Cemig soltou um comunicado, na noite de terça-feira, dia 12 de janeiro, em que informa que o Conselho de Administração mudou o Estatuto da empresa e passou a permitir que até 40% dos cargos de chefia poderiam ser ocupados por não concursados de fora da empresa. Ou seja, trabalhadores de carreira serão preteridos para estes cargos mais estratégicos e melhor remunerados.

Últimos movimentos na Cemig mostram que governo Romeu Zema (Partido Novo) e direção da empresa estão colocando em prática uma estratégia clara de aparelhar os cargos de gestão. Zema quer indicar afilhados, comprar apoio e ter pessoas afinadas para entregar a companhia a qualquer preço. É o que vem sendo chamado de “cabidão do Zema”.

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