Cemig terá que pagar Forluz e fundos de pensão por investimento em Santo Antônio

Decisão foi unânime e não cabe mais recursos

Cemig deverá pagar R$ 230 milhões à Forluz e outros R$ 370 milhões a outros 7 fundos de pensão, corrigidos pela inflação mais 7% de rentabilidade por ano

O Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá emitiu sentença que obriga a Cemig a comprar as cotas do investimento na Usina de Santo Antônio pagando 7% ao ano de rentabilidade mais inflação (IPCA) para a Forluz e outros sete fundos de pensão. A decisão foi unânime e, por se tratar de questão arbitral, não tem recurso.

Além da Forluz, foram beneficiadas pela decisão os fundos de pensão Fundação Assistencial dos Empregados da Cesan-Faeces, Fundação de Seguridade Social Braslight, Fundação Atlântico de Seguridade Social, Fundação de Seguridade Social do Banco Econômico (Ecos), Fundação de Seguridade Social da Arcelor Mittal Brasil (Funssest), Caixa de Assistência e Previdência Privada Fábio de Araújo Motta (Casfam), e a Fundação BDMG de Seguridade Social (Desban).

R$ 230 milhões para o Plano A da Forluz

O investimento na Usina de Santo foi realizado exclusivamente com recursos do Plano A da Forluz e, em janeiro de 2023, segundo informações da Fundação, totalizava R$ 231.347.360,93. O valor deverá ser corrigido até a data efetiva do pagamento pela Cemig.

Os oito fundos de pensão entraram com o processo de arbitragem em dezembro de 2020 pelo não cumprimento de “determinadas cláusulas do ‘Contrato de Opção de Venda’ das cotas do Fundo de Investimento em Participações Malbec Multiestratégia, e do Fundo de Investimento em Participações Melbourne Multiestratégia, pela Cemig Geração e Transmissão”, informa o site da Forluz.

ABCF mostrou que ABRAPP ‘puxou a orelha’ da Cemig por calote de R$ 600 milhões

Em janeiro de 2021, a ABCF mostrou as críticas da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) em relação à postura da Cemig de dar um calote de R$ 600 milhões em oito fundos de pensão que investiram na Usina de Santo Antônio e confiaram no contrato assinado. O diretor-presidente da ABRAPP, Luís Ricardo Martins, “puxou a orelha” da Cemig e disse que o não cumprimento do contrato traria “risco sistêmico”. ¨Não podemos deixar que os participantes sejam afetados diretamente. A postura da Cemig tem que ser revista¨, disse na ocasião.

A ABCF vem denunciando o calote da Cemig desde que a empresa, sob a gestão Zema, deu sinais de que não pagaria o que estava em contrato sobre o investimento na Usina de Santo Antônio.

Cemig perde prazo e não paga dívida de 162 milhões com a Forluz por Usina de Santo Antônio

Após denúncia da ABCF, Forluz diz que não aceita negociar dívida da Cemig e tomará medidas necessárias

Cemig confirma que quer dar calote na Forluz em dívida sobre Usina de Santo Antônio

A ABCF PRECISA DE VOCÊ. SEJA SÓCIO. APOIE QUEM TE DEFENDE

Precisamos fortalecer as entidades representativas, inclusive financeiramente, para protegermos os participantes da Forluz e da Cemig Saúde. Os custos com advogados e outras consultorias são elevados.

Não se esqueça de se tornar sócio da ABCF e fortalecer quem defende os participantes. Importante deixar claro que a Justiça só vai dar o direito a ações contra perdas de direitos na Forluz a quem for sócio de alguma entidade.

Se você ainda não é sócio, junte-se a nós da ABCF.

É simples se tornar um associado. Clique no link. São apenas R$ 15,18 por mês.

Inscreva-se em nosso canal no YouTube. Clique aqui.

Somente nossa eterna vigilância vai proteger a Forluz e a Cemig Saúde

Receba notícias pelo WhatsApp >>> https://chat.whatsapp.com/HcRys1VwIoXKl0XLMIlSFu

Conheça a História da ABCF e faça parte dela: http://portalabcf.com.br/historia/

Conheça a diretoria e o conselho da ABCF: http://portalabcf.com.br/abcf/diretoria-e-conselheiros/