O diretor-presidente da ABCF, Denys Cláudio Cruz de Souza e o diretor Financeiro, Luiz Sperandio, participaram hoje (10/07), de Audiência Pública, na Assembleia Legislativa (ALMG), para acompanhar a situação atual e as perspectivas futuras da Forluz e da Cemig Saúde.
O deputado do PCdoB, Celinho Sintrocel, fez o requerimento da audiência e a abertura da reunião. Fizeram também parte da mesa: o presidente da Forluz, Gilberto Lacerda; o presidente da Cemig Saúde, Anderson Ferreira; o diretor de Relações com os Participantes da Forluz, Vanderlei Toledo e o diretor de Relações com os Participantes da Cemig Saúde, Marcos Barroso, a deputada Beatriz Cerqueira, entre outros.
“Estamos contrários à posição do presidente da Cemig. Não faz sentido apenas pensar em custos. O trabalhador deve ser valorizado, por isso, quero, hoje, ouvir todos os convidados para debater este tema. Queremos tirar desta audiência o melhor possível para os trabalhadores e para a sociedade mineira”, ressaltou o deputado.
Em seguida, o Anderson Ferreira apresentou a Cemig Saúde, abordando seu propósito e funcionamento. “Hoje, nosso plano atende 59 mil vidas, tem abrangência nacional e é custeado pelas patrocinadoras e pelos seus beneficiários”, explica. Ele finaliza enfatizando que é o próprio beneficiário que deve ser o protagonista de sua saúde.
Gilberto Lacerda também começou sua apresentação mostrando o que é a Forluz, seus planos de previdência e seu patrimônio. “Nós temos um grande desafio que é gerir os planos com eficiência e sob uma forte regulamentação, por isso, temos que ter um modelo de governança bem estabelecido”.
Marcos Barroso contou que tem feito vários encontros na capital e, principalmente, no interior. “O que tem me preocupado é que as nossas discussões deixaram de ser a saúde dos nossos beneficiários e os questionamentos atuais são sobre a saúde financeira da Cemig e a privatização”, conta.
Vanderlei Toledo reafirma que o motivo de estarmos aqui hoje é devido à fala do presidente da Cemig que em declaração na ALMG afirmou, que dado os altos custos que a Cemig tem com empregados e aposentados não via outro caminho que não a privatização. “Ele mencionou e não explicou a sua declaração”. Ele, então, explicou que no plano de previdência os trabalhadores contribuem ao longo de seus anos em atividade. Então os recursos existentes nos fundos de pensão foram poupados pelos trabalhadores. Ele ainda mostrou os números da Forluz relativos aos recursos e às contribuições.
O ex-presidente da Eletrobras e ex-diretor da Cemig, Aloisio Vasconcelos, disse que o Estado precisa da Cemig, mas o Governo não. E, principalmente, a sociedade precisa. “Nós somos a favor da Cemig e somos a favor que esta Assembleia não aprove jamais a privatização da Cemig”. Ele finalizou, enaltecendo a Companhia: “a Cemig é um diferencial do Brasil. É um centro de inteligência e já foi um padrão nacional”.
Segundo o Diretor Financeiro da ABCF, Luiz Sperandio, o Estado não investe na Cemig e a Companhia não é um peso para o Estado e sim um agente de desenvolvimento para o Estado. Na audiência anterior, o presidente foi infeliz na sua fala ao dizer que o alto custo de energia solar se deve ao custo de pessoal, quando na verdade o custo de pessoal é uma parcelaa muito pequena do custo final. “O que foi investido no Estado está associado a empresas de estrutura e a Cemig é uma delas”, finalizou.
No final, os participantes puderam fazer seus questionamentos e suas colocações.
Além da ABCF, diversas entidades estiveram presentes, como: Senge, AEA, Sindsul, Sindieletro, Sindecon, Trabalhadores Urbanos, Sintest-MG, sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora, Sindicato dos Eletricitários de Santos Dumont, Saemg, Sindiute, Sind’água, entre outros.
“A audiência foi uma oportunidade de apresentar à Assembleia e à sociedade a Forluz e a Cemig Saúde e sua representatividade e importância para os trabalhadores”, afirma Denys.
O deputado Celinho encerrou a a reunião, dizendo: “vamos buscar sensibilizar todos os pares e sou contra à privatização da Cemig ou de outro patrimônio do Estado”.