Na terça-feira, 13 de novembro, a Cemig anunciou a contratação da executiva Andrea Almeida, ex-Santander (2021-2024) e ex-Petrobras (2019-2021 – gestão Roberto Castelo Branco/Bolsonaro) para a diretoria de Finanças e Relações com Investidores no lugar de Leonardo George de Magalhães, que estava há 21 anos na empresa. Leonardo assumirá a presidência da Forluz em dezembro, substituindo Ronalde Xavier Moreira Júnior.
A “dança das cadeiras” ocorreu um dia antes de o vice-governador Mateus Simões (Partido Novo) entregar, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), dois projetos para a privatização da Cemig e da Copasa.
Obrigação pós-emprego transformada em dividendos
O governo Zema vai deixando cada vez mais claro por que enrolou por tanto tempo as negociações sobre pagamento das dívidas com o governo federal e está atrasando o processo de federalização das estatais mineiras. A ideia é retirar todo o filé e entregar os ossos para o Governo Federal.
A gestão Zema tem acelerado o corte de direitos na Cemig Saúde e não quer pagar o déficit do Plano A da Forluz, que é sua obrigação como prevê o artigo 57 do Acordo de 97. Numa privatização, o objetivo é entregar uma empresa sem obrigações pós-emprego, ou melhor, transformar essa “economia” em lucros e depois em dividendos para os acionistas privados.
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“Máquina de dividendos” vem de cortes e vendas de ativos
Conhecida no mercado de ações como “máquina de dividendos”, Andrea Almeida notabilizou-se por proporcionar uma enorme fonte de dividendos para acionistas da Petrobras.
O que para acionistas privados e para o mercado parece ser uma coisa boa, para os cidadãos que precisam de investimentos públicos em infraestrutura da Petrobras foi bem ruim. Ao invés de serem investidos em refinarias, melhoramentos de processos ou mesmo redução de preço na bomba de gasolina e diesel, os lucros (mas principalmente as vendas de ativos) foram transformados em dividendos para acionistas.
Sim, grande parte dos dividendos distribuídos a acionistas privados da Petrobras veio da privatização de subsidiárias e de um corte de mais de R$ 2 bilhões na folha de pagamentos. Ou seja, não são dividendos vindos de lucro operacional.
Esta notícia é bem ruim para a Cemig e para os mineiros, que podem amargar um período de aumento de venda de ativos, corte de empregos e salários para engordar os dividendos de acionistas privados.
Durante sua gestão na Petrobras, a empresa voltou a distribuir dividendos acima do valor dos investimentos, o que representa um risco no médio e longo prazos.
A Cemig distribuía 100% de seu lucro em dividendos para acionistas e não revertia nada para investimentos. No governo Fernando Pimentel (PT), esse percentual foi reduzido para 50% e assim permanece até hoje.
Com a chegada da “máquina de dividendos”, a Cemig vai aumentar o percentual de divisão de dividendos sobre o lucro e/ou voltar à política de distribuição de 100%?
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