Vida ativa acima dos 60 

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e, consequentemente, o envelhecimento da população, muito deve ser pensado a respeito do público mais maduro, como o que querem, o que gostam e o que esperam desta fase da vida. Por isso, várias pesquisas têm sido feitas com este foco. Uma delas, foi realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte – CDL/BH, realizada no ano passado. Ela apontou que 68% dos entrevistados afirmaram que há pouca ou nenhuma opção de lazer com temas que interessam a quem tem mais de 60 anos na capital mineira.

Para a terapeuta ocupacional, Cecília Xavier, o lazer é fundamental para o público 60+ e requer ação. “Para esta fase da vida, as atividades realizadas com mais pessoas são as mais indicadas, pois evitam o isolamento. Mas se você não gosta, não adianta. O lazer está associado a uma não obrigatoriedade. Ele implica em ação. Existem pessoas que gostam de lazeres mais intelectuais, e outras que gostam mais de esportivos, dinâmicos. E é aí que o terapeuta ocupacional pode ajudar, encontrando o melhor caminho para usufruir do tempo livre”, recomenda. A pesquisa também aponta que, somente 10% dos mineiros com mais de 55 anos consideram que a palavra “idoso” seja a mais adequada para definir uma pessoa com mais de 60 anos, e 1 em cada 3 pessoas nesta faixa etária acha mais adequado o termo “maduro”. Dentre os 277 respondentes, 69% dizem planejar sua velhice para não depender de ninguém, e a mesma porcentagem afirma ter boa saúde mental e física.

Lazer  
Ainda que tenha planejamento para o futuro, boa situação econômica e seja saudável, o público maduro encontra um desafio ao chegar na fase da aposentadoria: tempo livre. O que para muitos é um sonho, para outros um pesadelo. O que fazer com o tempo livre ao parar de trabalhar? Viajar? Arrumar outro emprego? Estudar? Em meio a tantas possibilidades, o importante é não ficar parado – a não ser que você queira. Para Cecília, existem muitas formas de tornar a vida interessante a partir de atividades, mas tais atividades devem trazer satisfação. Ou seja, se você nunca gostou ou se interessou por dança, por exemplo, não significa que, ao se aposentar, você deva sentir-se na “obrigação” de praticar. “Nem tudo que me agrada e serve para mim, vai agradar ou servir para você”, diz.

Fonte: Forluz