Investimentos Forluz: estratégia eficiente, resultados expressivos

Estabelecer um “casamento” perfeito entre o fluxo de pagamento dos benefícios e a expectativa de retorno dos investimentos, buscando alternativas que resultem em melhores rentabilidades e, ao mesmo tempo, mantenham os recursos protegidos de grandes oscilações. Tudo isso em conformidade com a legislação vigente para os fundos de pensão, política interna e demais instruções normativas do setor. Este é o desafio diário encarado pela Forluz a fim de cumprir com a missão de oferecer segurança financeira aos seus participantes.

Um trabalho que exige extrema dedicação e conhecimento, além de estratégias que se adaptem à realidade econômica do País, como ressalta o diretor de Investimentos e Controle, Emílio Cáfaro. “Estamos sempre atentos ao que está disponível no mercado, com o intuito de identificar boas oportunidades que possam agregar retornos positivos. Neste sentido, temos um processo de avaliação criterioso”. Os representantes das gerências de Renda Fixa, Imóveis e Empréstimos e de Renda Variável e Macroalocação, diretamente envolvidos por este planejamento, se reúnem semanalmente no Comitê de Investimentos, onde discutem cenários e novos ativos. O grupo é composto também pelos gestores da Assessoria de Risco, Controladoria e Finanças e Compliance, bem como todos os membros da Diretoria Executiva. O comprometimento é comprovado em números. De janeiro a maio de 2019, a Fundação bateu a RMA (Rentabilidade Mínima Atuarial) para os planos A e B. No Plano A, o retorno foi de 5,07%, contra uma meta de 4,73%. Já o Plano B superou uma RMA de 4,44% em todos os perfis de investimento.

ALM

Os tipos de investimento que podem ser executados pela Fundação são: Renda Fixa, Renda Variável, Investimentos Estruturados, Investimentos no Exterior, Imóveis e Operações com Participantes (Empréstimos). Além de obedecer às determinações legais impostas pela Resolução 4.661 do CMN (Conselho Monetário Nacional), os limites de aplicação por segmento são estabelecidos na Política de Investimentos. O documento possui diretrizes ainda mais rígidas, é revisado anualmente e submetido à aprovação do Conselho Deliberativo.

A tomada de decisão é feita também a partir dos resultados obtidos pelo chamado estudo de ALM (Asset Liability Management). Trata-se de uma ferramenta teórica que avalia a evolução do “caixa” da Entidade em relação aos compromissos que devem ser quitados. Para isso, são inseridos dados e indicadores sobre o cenário econômico atual, rendimento esperado dos ativos e acerca da evolução do passivo (ou seja, a quantia paga em benefícios). “Com isso, é possível analisar previamente a disponibilidade de recursos necessários para cumprirmos com as obrigações do plano ao longo do tempo”, explica Emílio. A partir daí, os especialistas da Fundação atuam para selecionar as opções mais adequadas e rentáveis, visando maximizar os recursos vertidos ao plano de previdência pelos participantes, com o apoio das patrocinadoras.

Renda Fixa, Imóveis e Empréstimos Entre os “produtos” disponíveis na categoria de Renda Fixa, estão, por exemplo, os títulos públicos. Além do retorno que oferecem no longo prazo, tendo em vista que podem ser comprados com vencimentos marcados para até daqui há 30 anos, eles pagam juros semestrais. Outras alternativas são os títulos de crédito privado, CDBs, fundos de Renda Fixa e debêntures. Esta última categoria funciona como um empréstimo feito a uma empresa por meio de um instrumento chamado de “dívida”, como esclarece o gerente de Renda Fixa, Imóveis e Empréstimo, Marcelo Beuter. “As empresas vão ao mercado para captar recursos. Nós, como investidores, verificamos as garantias, os prazos e juros ofertados e compramos um título emitido pela organização. O retorno financeiro se dá pelo pagamento deste valor contratado mais uma taxa definida para o período”. Já o empréstimo efetuado aos participantes possui, atualmente, uma taxa de 7,5% + IPCA. Marcelo salienta que este percentual não pode ser menor porque tem como alvo a RMA dos planos. “Sob a ótica do investidor, o segmento tem apresentado uma rentabilidade bem interessante, visto que vivemos um cenário de juros baixos no País e nossa inadimplência é pequena, porque o valor é descontado diretamente no Contracheque”. Em outra ponta, está o retorno obtido com a locação dos imóveis pertencentes à Entidade. Entre eles, estão os edifícios Aureliano Chaves e Júlio Soares, no bairro Santo Agostinho, ambos ocupados atualmente pela Cemig. “A carteira da Forluz, por estar sendo administrada há bastante tempo com qualidade, possui um bom resultado histórico, mesmo com as oscilações da economia. Isto é fruto de uma gestão séria e da diversificação que sempre procuramos realizar”, frisa Marcelo.

Renda Variável e Macroalocação

Cabe também à Fundação comprar cotas em fundos de investimentos em ações. O gerente de Renda Variável e Macroalocação, André Buscácio, afirma que a escolha destes fundos se dá mediante critérios quantitativos e qualitativos, que visam confirmar a capacidade do gestor de entregar resultados consistentes. “Temos um programa que possui uma grande base de dados e aponta o histórico do gestor em várias janelas de tempo. Conversamos diversas vezes com o gestor para comprovar se ele possui uma estratégia linear. Checamos também a estrutura física e de pessoal, desde a quantidade de pessoas que possui na equipe até o grau de rotatividade, entre outras ponderações”. Em seguida, as demais áreas da Entidade são envolvidas. É no Comitê de Investimentos que o fundo é aprovado e recebe uma nota, definida por meio das considerações feitas pela Assessoria de Risco. Esta nota ficará vigente por um ano e servirá como base para direcionar as movimentações no fundo neste período. O retorno financeiro, neste caso, se dá pela valorização das ações do fundo.

A sistemática é semelhante para a seleção de Fundos Multimercado, que se enquadra na categoria de Investimentos Estruturados. “A diferença é que olhamos o desempenho em janelas ainda maiores de tempo. Estes fundos, como o próprio nome já diz, mesclam aplicações de vários mercados, que podem ser de ações, moeda, Renda Fixa, entre outros”, pontua André.

Modelo simplificado e diversificação para superar desafios

Emílio considera que, diante do cenário da economia brasileira existem muitos desafios a serem vencidos. “Temos um mercado que aguarda a aprovação de reformas que visam o equilíbrio das contas do Governo para destravar o ambiente econômico. Além disso, a taxa de juros nunca esteve em patamares tão baixos e esta perspectiva se mantém. Ou seja: para garantirmos a RMA dos planos, temos que ir atrás de alternativas e tomarmos um pouco mais de risco, ainda que bem controlado”. Entre as medidas já em curso para superar esses fatores, ele cita a revisão do modelo de investimentos, com foco na simplificação. “O intuito é padronizar os processos e reduzir custos”. Ainda segundo Emílio, encontrar novas classes de ativos que se apresentem como boas opções de diversificação também é um dos movimentos já iniciados. “No ano passado, por exemplo, expandimos a alocação em fundos multimercado. Também estudamos a hipótese de ampliarmos as aplicações em investimentos no exterior e fundos imobiliários. Ao diversificar, conseguimos aumentar a chance de termos bons retornos, diluindo o risco”, conclui.

Fonte: Forluz