Pagar dívidas, investir ou poupar: muita gente fica em dúvida sobre qual é o melhor destino para o 13º. Em meio aos gastos excessivos típicos do fim de ano, a falta de planejamento financeiro pode fazer você desperdiçar este dinheiro extra. Para que isso não aconteça, é fundamental avaliar a situação do seu orçamento doméstico.
O gerente de Renda Fixa, Imóveis e Empréstimos da Forluz, Marcelo Beuter, listou os principais usos para esta renda especial de fim de ano e os fatores que você deve analisar antes de tomar a melhor decisão.
Sair do vermelho. Quitar dívidas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, deve ser a prioridade. “O ideal é não arrastar por mais tempo esta situação porque, provavelmente, não será possível arcar com esta dívida se não receber um dinheiro inesperado. E aí, os juros se acumulam e vira uma bola de neve ainda maior”, explica Marcelo. Vale lembrar que esta ideia não se aplica para dívidas de longo prazo parceladas, como o financiamento da casa ou do carro.
Poupança para o início do ano. Custos com IPVA, IPTU, material escolar e uniformes são alguns dos exemplos da “avalanche” de contas que se acumulam nos primeiros meses do novo ano. Separar uma parte ou mesmo a totalidade do 13º para estes gastos já esperados também é uma boa opção, segundo Marcelo, com algumas ressalvas. “Impostos como IPVA e IPTU podem ser parcelados. Claro que vale a pena aproveitar o desconto oferecido para quitação à vista, mas, caso não seja possível, os juros embutidos não são tão altos. Por outro lado, as despesas com ensino das crianças muitas vezes têm que ser pagas à vista, não temos escolha. Logo, retirar este percentual do 13º é o mais indicado”.
Reserva de emergência. Ser pego de surpresa por uma eventualidade pode virar uma dor de cabeça ainda maior se isto te causar um rombo nas finanças. Por isso, ter uma reserva de emergência é extremamente importante. Se, durante o ano, não foi possível poupar, talvez seja o caso de usar o 13º para este fim e botar o pé no freio para outras tentações e despesas.
Usufruir de benefício fiscal com seu plano de previdência. O Governo permite utilizar, na declaração de ajuste anual, as contribuições feitas ao plano de previdência para reduzir a base de cálculo do IPRF. Se, durante o ano, você não teve condições de elevar seu percentual de contribuição ao plano da Forluz e aproveitar ao máximo este benefício, este é um bom momento de investir em um aporte. “É sempre melhor antecipar e aumentar a contribuição mensal porque, assim, o participante tem o benefício fiscal desde a origem. Mas, caso não tenha sido possível, usar o 13º para este fim é uma alternativa muito interessante”, pontua Marcelo.
Agora, é hora de pesar os prós e contras para o seu bolso e escolher o caminho que se adapta melhor à sua realidade. Lembre-se de que esta é uma renda extra, e, como tal, sua utilização deve ser pensada com cuidado.
Fonte: Forluz