Na noite desta quinta-feira, 8 de fevereiro, os conselheiros indicados pela Cemig aprovaram um reajuste “negativo” de 10% nas mensalidades do PSI Cemig Saúde. O que aparentemente é uma boa notícia é, na verdade, o primeiro passo para a Cemig causar prejuízo no plano de saúde dos aposentados e ativos da Cemig.
Com uma inflação anual de 4,8% (IPCA) e uma inflação médica (índice utilizado pelo setor de saúde) de 14,1%, a redução de 10% nas mensalidades significa que a Cemig Saúde terá que usar o fundo garantidor (colchão) para fazer frente às despesas do plano em 2024. Em um ou dois anos as mensalidades dos beneficiários terão que aumentar em valores estratosféricos para recompô-lo.
NÃO CAIA NO GOLPE. VOCÊ JÁ VIU PLANO DE SAÚDE REDUZIR O VALOR DA MENSALIDADE?
O reajuste “negativo” consumirá todo o saldo de quase R$ 500 milhões que a Cemig Saúde possui como fundo garantidor (colchão) em cerca de três anos e a conta vai chegar.
Quem montou a armadilha?
Os conselheiros indicados (com voto de minerva) votaram pela destruição do plano comandados por Anderson Ferreira, presidente da Cemig Saúde, e Túlio Randazzo, presidente do Conselho Deliberativo indicado pela Cemig. Os conselheiros eleitos foram contra o uso do fundo garantidor para bancar a melhoria do caixa da Cemig com a redução da contribuição da patrocinadora.
Entidades vão à ANS
As entidades representativas vão tomar todas as medidas junto à ANS e ao Judiciário a fim de preservar a Cemig Saúde para os seus beneficiários.
A união de entidades e destinatários dos serviços da Cemig Saúde é muito importante, neste momento, para se construir a resistência ao governo do estado e seus mandatários na Cemig e na Operadora de Saúde.
Faça sua parte
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