A privatização vai mostrando suas garras em São Paulo. Após chuva de apenas uma hora, a ENEL — empresa privatizada de energia de São Paulo — deixou cerca de 2,6 milhões de pessoas em São Paulo ficaram sem energia elétrica na noite de sexta-feira e 1,4 milhão permanece sem luz até a tarde de sábado, quando esta matéria foi fechada. São mais de 14 horas sem energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) por falhar na fiscalização das empresas de energia. “A agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de problemas da Enel ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa”.
Silveira também cutucou a ANEEL por não dar andamento às reclamações que poderiam resultara na cassação da concessão da privatizada. “A agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há um ano pelo ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da Aneel junto aos órgãos de controle”.
Em novembro de 2023, a ENEL não conseguiu manter o fornecimento de energia ou retomá-lo após uma chuva. Cinco dias após as chuvas de novembro passado, milhares de clientes da ENEL seguiam sem energia.
A ENEL não deu previsão de volta da energia.
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