Para quem não está entendendo o que está acontecendo na Cemig Saúde e na Forluz, é bom deixar claro: os cortes de benefícios na Cemig Saúde e as ameaças de fim dos planos vitalícios na Forluz têm por finalidade facilitar uma futura privatização da Cemig. Como seria isso? Vamos explicar.
Empresas que têm interesse em comprar a Cemig querem o mínimo de custos e o máximo de lucro possível, evidentemente. Para maximizar os lucros, vão aumentar tarifas, piorar a qualidade dos serviços e explorar ao máximo a mão de obra. Na ponta dos custos, vão reduzir salários, diminuir o quadro de funcionários e, claro, cortar os gastos pós-emprego.
O que são “custos” pós-emprego?
De cara, não deveriam ser chamados de “custos”, pois são obrigações. Um benefício oferecido ao trabalhador para atrai-lo para a vaga na contratação e convencê-lo a permanecer no emprego depois de treinado e adaptado. Basicamente, são planos de saúde e previdência, além de gratificações e outros benefícios não pecuniários.
Mas por que pós-emprego? Porque alguns desses benefícios são prometidos para quando a pessoa parar de trabalhar, como plano de saúde e complementação da aposentadoria.
Por que os benefícios são importantes?
Entre esses benefícios estão o plano de saúde e a previdência complementar. Com isso, a Cemig evita a rotatividade de funcionários e não precisa treinar constantemente novos trabalhadores, além de incentivos fiscais.
Cortar benefícios é uma quebra de contrato com o trabalhador que tem a segurança vitalícia de um plano de saúde, com melhores benefícios, e da previdência complementar. Como ficam depois de terem dedicados décadas de trabalho à Cemig e acreditado nesses compromissos? Muitos trabalhadores já estão aposentados, outros até já até falecerem, assim eles e seus dependentes estão em gozo desses direitos adquiridos.
Privatização e pós-emprego. Conclusão
Portanto, quando cortam benefícios na Cemig Saúde, implementam demissões voluntárias e planejam acabar com os planos vitalícios na Forluz, estão “limpando a área”, ou seja, reduzindo os “custos” e tornando a Cemig mais atrativa para o comprador privado, que já pegaria a empresa sem esta dívida com o trabalhador.
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