O Conselho Deliberativo rejeitou nesta quarta-feira, 16 de dezembro, a chamada “lei da mordaça” para os conselheiros imposta pela diretoria da Cemig Saúde. A “lei da mordaça” é um mecanismo que proíbe que os conselheiros eleitos discutam previamente com os participantes e as entidades representativas os temas a serem votados pelo Conselho Deliberativo da Cemig Saúde.
Os conselheiros eleitos votaram contra a “lei da mordaça” e os conselheiros indicados pela Cemig votaram a favor, o que levou a um empate em 4 a 4. Em caso de empate, a matéria é reprovada. Entretanto, os conselheiros indicados pela Cemig querem discutir novamente a “lei da mordaça” na próxima reunião do Conselho Deliberativo em fevereiro.
Cortes de benefícios
A discussão sobre os cortes de 201 procedimentos também foi retirada de pauta, numa vitória parcial das entidades, já que eles serão discutidos na próxima reunião do Conselho Deliberativo em fevereiro de 2021.
Até lá, a ABCF vai discutir com os participantes, explicar melhor o que está sendo tratado na Cemig Saúde e discutir quais serão os nossos próximos passos. Sabemos que a Cemig Saúde não quer rever a questão dos genéricos, dos cortes de benefícios e que está dificultando o atendimento dos beneficiários. Por isso, a ABCF vai mobilizar os beneficiários para preservar seus direitos.
Entidades pediram cancelamento dos cortes
Na sexta-feira, dia 11 de dezembro, as entidades representativos dos trabalhadores ABCF, Sindieletro, AEA e Sindsul realizaram uma reunião com o presidente da Cemig Saúde, Anderson Ferreira, e reivindicaram que os cortes de 201 procedimentos fossem cancelados.
Estudo técnico contratado por ABCF e Sindieletro apontou que os cortes trazem prejuízos para os beneficiários. Muitos dos procedimentos propostos para serem excluídos são de operações por videolaparoscopia, técnica menos invasiva que reduz os riscos e diminui o tempo de recuperação dos pacientes.
R$ 340 milhões em caixa. Cemig Saúde é superavitária
Os cortes propostos atentam contra a saúde e têm baixo impacto nas contas. A diretoria pretende “economizar” cerca de R$ 500 mil reais por ano trocando a saúde pelas técnicas convencionais mais baratas. Até o terceiro trimestre, o resultado do plano de saúde foi superior a R$ 35 milhões, e deve completar o ano com mais de R$ 340 milhões em caixa. Os números não deixam dúvidas: para a atual gestão, a única preocupação é com a saúde financeira das patrocinadoras.
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