Com federalização próxima, Gestão zema demite sem justa causa, piora qualidade do atendimento; ‘economia’ pode ser usada para distribuir dividendos e bonificações

A gestão Zema na Cemig e na Copasa tem promovido demissões sem justa causa, fora do Programa de Demissão Voluntária (PDV) das estatais, e estuda a privatização de novas usinas da Cemig. A ação tem sido interpretada como uma maneira de aumentar o caixa da empresa para, posteriormente, distribuir dividendos ainda maiores a seus acionistas.

Demissões fora do PDVP e também na Copasa

Na sexta-feira, 28 de junho, a Cemig demitiu gestores e ex-gestores de carreira que não aderiram ao PDVP (Plano de Desligamento Voluntário Programado) sem justa causa. A gestão alegou questões “econômico-financeiras” para as demissões.

Vale lembrar que o mesmo foi feito, um pouco antes, na Copasa. A estatal de água e saneamento promoveu um PDV em 2023 e, não satisfeita, a gestão Zema ainda demitiu diversos gestores no início de 2024 sem justa causa.

Coincidentemente, a Copasa também poderá ser federalizada em breve.

O jornalista Luís Nassif alertou sobre o “golpe das privatizações” que transformam vendas de subsidiárias em dividendos. Veja e siga a ABCF no Instagram.

 

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Precarização técnica

A verdade é que as demissões na Cemig têm superado as contratações e afetado a capacidade técnico-operacional da empresa. Em 2023, a Cemig caiu de 23º para 26º no ranking de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) medido pelo ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em 2019, quando Zema assumiu seu primeiro mandato, a Cemig ocupava a 20ª posição no ranking.

Ou seja, desde que Zema tornou-se governador, sua gestão na Cemig fez a empresa perder seis posições no ranking de atendimento aos consumidores de empresas de energia de grande porte.

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