A Cemig soltou um comunicado para os trabalhadores na noite desta terça-feira, 12 de janeiro, em que informa que poderá contratar até 40% de não concursados para os cargos de gestão da empresa. A possibilidade de se contratar pessoas fora da Cemig foi aprovada pelo Conselho de Administração.
Este aparelhamento da gestão da Cemig pelo governo Romeu Zema (Partido Novo) pode facilitar a privatização da empresa. O perigo é real e a ABCF repudia.
Leia o comunicado
Diz o comunicado da Cemig no “Cemig Online – Edição Extra”:
“Buscando melhor adequação aos desafios atuais e a diversidade da liderança da empresa, o Conselho de Administração da Cemig aprovou a possibilidade de contratação de profissionais do mercado para compor, em caráter complementar, o seu quadro de líderes, até o limite de 40% das posições de liderança. Essa possibilidade, já adotada em outras empresas de economia mista, não compromete as oportunidades de carreira para as ‘pratas da casa’, que sempre serão consideradas antes de se optar por uma contratação externa. O bom desempenho continuará sendo valorizado e reconhecido e tem prioridade”.
Ameaça de privatização
Na segunda-feira, surgiu a informação de que a Cemig afastou um superintendente e quatro gerentes, em caráter preventivo, devido a uma investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Diversos trabalhadores da Cemig procuraram a ABCF demonstrando preocupação que o governo Zema se aproveitasse da situação para indicar apadrinhados de fora da empresa para ajudar na aceleração do processo de privatização.
Concursados perdem para apadrinhados em Minas
O governo Zema tem se caracterizado por “importar” pessoas de fora de Minas Gerais para cargos de gestão em outras estatais mineiras. O próprio presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, veio de outro estado. Na Prodemge, empresa de processamento de dados do estado, o superintendente e um diretor trabalhavam, anteriormente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ambos não concursados pela Prodemge.
Na Fundação Libertas — fundo de pensão de trabalhadores da Copasa, Cohab, Prodemge, Codemge, MGS e da própria Libertas), a diretoria indicada não tem nenhum membro que tenha sido funcionário de carreira de quaisquer das patrocinadoras. Um é de Brasília, outro é de São Paulo e um terceiro é de Minas, mas é oriundo da Cemig e era diretor da Forluz. Apenas o diretor eleito pelos participantes é trabalhador de uma das patrocinadoras.
Prejuízo para população e trabalhadores
O fato de a direção querer preencher vagas com pessoas de fora da Cemig será um prejuízo enorme. Eles não são concursados, não têm experiência na empresa, não têm nenhum compromisso com a população de Minas Gerais e só viriam para ajudar a acelerar o processo de privatização da companhia.
A ABCF precisa de sócios para manter a defesa dos participantes
Para manter-se na defesa dos participantes, e ter fôlego financeiro para patrocinar ações em defesa dos participantes, é de vital importância que você, participante da Forluz e da Cemig Saúde, torne-se sócio da ABCF. Nossa associação é pequena e financeiramente frágil, mas gigante na defesa dos participantes. Não se fie no que estamos dizendo, basta consultar as matérias de nosso site e verificar o quanto estamos fazendo em prol dos participantes. Não paramos de agir nem durante a pandemia. Apoie quem te defende, seja sócio da ABCF.
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