Mais uma contratação do governador Zema para destruir a empresa
Os constantes ataques do governador Romeu Zema (Novo) contra a reputação da Cemig e de seus trabalhadores ganha mais um capítulo: a designação para diretor de Geração e Transmissão de Thadeu Carneiro da Silva na sexta feira, 16. É mais um passo para entregar a estatal. A estratégia é substituir técnicos experientes e reconhecidos e ocupar os postos chaves com pessoas sem nenhum compromisso com a Cemig nem com Minas Gerais. Thadeu substitui Paulo Mota Henriques, profissional de carreira da empresa há 30 anos.
Internamente na empresa, chamam esta invasão de “estrangeiros” sem concurso público de “paulistanização”, e será assunto a ser aprofundado pela CPI da Cemig, que só entrará para valer em agosto, após o recesso legislativo.
Mas quem é Thadeu das Granjas?
Ele renunciou ao cargo de Diretor de Operações e Manutenção da Copel Geração e Transmissão após várias denúncias do Sindicato de Engenheiros do Paraná, que afirmaram que ele “usa a Copel de forma deliberada, destruindo capital intelectual e técnico construído em décadas de trabalho, para fomentar negócios externos, favorecendo diversas empresas, incluindo a própria”.
O caso foi analisado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná que acolheu, em 10 de junho, a denúncia de conflito de interesses, pois Thadeu atuava “ao mesmo tempo como contratado e contratante”. Assim, depois de analisado a denúncia de “condutas dos gestores em desconformidade com o interesse público”, em 30 de junho ele “renunciou” a seu cargo de Diretor na Copel GeT. Apenas duas semanas depois, em 16 de julho, Thadeu tomou posse como diretor da Cemig.
Veja aqui decisão do TCE-Paraná
Para demonstrar seu desprezo e assédio, o diretor se referiu aos funcionários da Copel como porcos de granja. “Thadeu das Granjas”, como ficou conhecido, não é um engano do governador. Seu “currículo” serve como uma luva para os interesses de Zema. Será certamente mais um no time do presidente Reynaldo Passanezi Filho para perseguir e assediar os trabalhadores da Cemig enquanto abre caminho para estranhas contratações e para a privatização. Que a CPI investigue logo mais esse caso!
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