Com atraso, os presidentes da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, e da Cemig Saúde, Anderson Ferreira, chegaram para a Audiência Pública para explicar casos de assédio e perseguição na Cemig e a exclusão de aposentados e trabalhadores de baixa renda do plano de saúde e não explicaram nada.
As falas citaram números aleatórios e a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que extinguiu a cláusula de renovação automática do Acordo Coletivo Específico (ACE), não o Acordo em si.
Eletricitários propuseram que o aumento seja suspenso e a contribuição da Cemig para a Cemig Saúde seja mantida até o encerramento das negociações do ACE. Reynaldo Passanezi disse que está disposto a negociar um novo ACE, mas não se comprometeu a suspender o aumento e a retirada de patrocínio.
Gerentes e funcionários “de confiança” na plateia para blindar presidentes. Não deu certo
A Cemig mobilizou sua tropa-de-choque para blindar os presidentes da Cemig, Reynaldo Passanezi, e da Cemig Saúde, Anderson Ferreira, na Audiência Pública da Assembleia Legislativa, mas os eletricitários lotaram as dependências do Parlamento mineiro e barraram qualquer tentativa de chapa-branquismo.
Deputados estaduais convocados pela gestão Zema alternaram falas em defesa do presidente da Cemig utilizando fake news. O deputado Roberto Andrade (PRD), por exemplo, quis dar a entender que o custo da Cemig Saúde era bancado pelas contas de luz. Falso. A ANEEL não permite que benefícios como plano de saúde sejam custeados pela conta de energia. O próprio presidente da Cemig desmentiu o deputado. “Não é suportado pela tarifa da ANEEL”, disse Reynaldo Passanezi.
A gestão Zema na Cemig e Cemig Saúde também lançou mão de gerentes e funcionários para ocupar parte das cadeiras do auditório da Assembleia Legislativa, visando reduzir as vaias a Reynaldo Passanezi e Anderson Ferreira. Como mostram os vídeos abaixo, a tática não deu certo.
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Anderson Ferreira sente a pressão: de riso irônico a fala gaguejante
Mostrando bastante nervosismo e gaguejando, Anderson Ferreira não enfrentou a questão principal da Audiência Pública (exclusão de aposentados e pessoas de baixa renda do plano) e citou números aleatórios sobre a Cemig Saúde. Postura bastante diferente de quando entrou no plenário da Assembleia, quando distribuiu sorrisos irônicos. Sentiu a pressão da categoria, que o vaiou várias vezes.
O presidente da Comissão, deputado Betão (PT) chamou a atenção para o fato de Anderson Ferreira não ter dito nada sobre o aumento de 300% (em média).
Reynaldo Passanezi vaiado e tenso
Reynaldo Passanezi iniciou sua fala citando números da Cemig, mostrando que a empresa tem capacidade suficiente para manter o plano de saúde de aposentados e trabalhadores de baixa renda. Claramente tenso, perdeu-se algumas vezes em sua fala.
Passanezi justificou o corte da parte da Cemig para a Cemig Saúde dizendo que o custo dos aposentados era de 4,65% da folha em 2010, quando foi firmado o Acordo Coletivo Específico (ACE), e é de 17,6% hoje. O que ele não diz é que o número de trabalhadores ativos próprios caiu drasticamente desde então. Portanto, evidentemente que a proporção seria alterada.
Deputada quer ALMG na negociação da Cemig Saúde
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), uma das autoras do requerimento de convocação de Passanezi e Ferreira, fez algumas questões a eles. Baseada num inquérito civil da 17ª Vara de Promotoria de Justiça, perguntou por que a Cemig Saúde está pagando as despesas com escritórios advocatícios para causas que defendem interesses particulares de diretores da Cemig Saúde com dinheiro da operadora.
Beatriz Cerqueira pediu que a Assembleia possa participar das negociações entre aposentados, trabalhadores, Cemig e Cemig Saúde.
Requerimentos
Os deputados elaboraram requerimentos e não votaram por falta de quórum na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social. Serão votados em 12/03. Entre eles, os principais foram:
- Estabelecer negociações para o ACE com a presença da Comissão do Trabalho da ALMG;
- Suspensão do aumento e da retirada de patrocínio;
- Abonar a ausência de funcionários da Cemig que foram à Audiência Pública;
- Que conste em ata a denúncia da deputada Beatriz Cerqueira na 17ª promotoria de Justiça
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